Texto: Luis Guilherme Virgílio
Bastante superior ao seu antecessor, O Homem de Aço, lançado em 2013, Batman vs Superman: A Origem da Justiça começa de uma forma um pouco lenta, estabelecendo alguns pontos da trama que aos poucos vão se encaixando para formar a base para o desfecho épico, e mesmo que o ritmo inicial seja um pouco lento, é bastante interessante, a medida que somos apresentados ao Batman de Ben Affleck, que por sinal, está muito à vontade no papel.
Foi um grande mérito mostrar os eventos catastróficos do primeiro filme sob a ótica de meros mortais, dentre esses Bruce Wayne, fazendo-nos imergir no caos e desespero, o que funciona como uma chave de ignição para o duelo que vai se desenrolar meses depois. Sem querer estragar a trama, mas o embate entre os heróis tem uma base bem mais complexa do que aparentava pelos trailers, sendo um ótimo plot twist no filme.
Uma das críticas por grande parte dos fãs foi que um dos trailers entregou muitos pontos da trama, incluindo o vilão principal. Mas relaxem, o filme ainda oferece muitas surpresas e momentos de aflição. Outra preocupação que surgiu à medida que anunciavam o elenco foi a inclusão de muitos personagens à trama, como The Flash, Ciborgue e Aquaman, o que fez muita gente fazer uma associação imediata com o “pecar pelo excesso” de Homem-Aranha 3. Mas uma grata surpresa durante o filme é a maneira como esses personagens são apresentados, que ficou bastante orgânica e funcionou muito bem à trama, nos deixando bastante animados pelos filmes vindouros.
Henry Cavill mais uma vez se mostra uma escolha muito acertada para viver Superman, cujo personagem se mostra bastante conformado com o fardo de super-herói, mesmo que muitos dos seus atos “saiam pela culatra” e gerem uma divisão da população, alguns idolatrando-o como um deus, outros esbravejando que ele é um “Alien ilegal”. Jesse Eisenberg entrega um Lex Luthor bastante complexo, irônico e perturbado, sendo um dos destaques do filme e, como um dos trailers entrega, sendo o responsável pela criação do vilão principal do filme, o que nos leva pro terceiro ato.
E que terceiro ato! O cinema prorrompeu em aplausos quando a Mulher Maravilha aparece em seu traje pronta pra luta. Foi muito incrível o momento em que Batman, Superman e Mulher Maravilha se unem para combater a ameaça do vilão, em cenas de tirar o fôlego que fizeram nos inclinarmos na poltrona e que causaram arrepios, por conta também da trilha sonora acertada e épica. Os efeitos estão muito bem finalizados.
O filme é ótimo, um dos melhores do ano até agora, nos presenteando com grandes surpresas e já fornecendo várias conexões com os filmes futuros dos integrantes da Liga da Justiça, o que só aumenta nossa ansiedade por esse universo que a DC está construindo no cinema. Que venham os próximos!